A Páscoa este ano chegou à cidade no rescaldo da capitulação de um dos cinco maiores bancos de investimento. Para a capital financeira dos Estados Unidos e, para muitos, ainda do mundo, o colapso do Bear Stearns e a iminência de colapso de outro dos cinco grandes, o Lehman Brothers, deixou um sabor amargo na boca da maioria dos Nova Iorquinos e acordou memórias de outros eventos semelhantes, não tão distantes, como o fim da Enron e da Andersen. O fim-de-semana de Páscoa, prolongado para os mercados financeiros, mas um fim-de-semana de dois dias apenas para a maioria de nós, foi merecido e necessário, para acalmar os ânimos dos que tiveram que navegar a montanha russa dos principais índices na semana que antecedeu à Páscoa.
Nos Estados Unidos, com excepção do Natal, não há feriados religiosos. Foi mais uma daquelas datas em que não se sabe muito bem se havemos de desejar boa Páscoa ou apenas bom fim-de-semana. Acabei por desejar bom Domingo aos que sabia que não celebravam a Páscoa ou em relação aos quais não tinha a certeza de celebrarem ou não, só porque achei que não podia deixar a data em branco.
Por seu turno, notava-se que era época de feriados noutros países. O fim-de-semana prolongado e o dólar em saldo foram factores que certamente contribuíram para eleger Nova Iorque como o destino para umas míni férias. Havia multidões de estrangeiros a passear na 5.ª Avenida no Sábado, numa invasão às lojas e às outras atracções da cidade. Por momentos, pensei que estava de volta a Londres dadas as vezes que ouvi o sotaque britânico nas ruas. No meu caso, as amêndoas que recebo todos os anos de Portugal nesta altura chegaram com um dia de atraso, mas não deixou de ser Páscoa de acordo com a tradição. Na primeira vez que visitei Nova Iorque, há muitos anos atrás, era ainda estudante e vim com colegas. Já então éramos um grupo eclético e enquanto uns começaram o dia mais tarde, outros, como eu, levantaram-se muito cedo para irem à missa a St. Patrick's. Depois, seguiu-se um passeio de barco à volta de Manhattan na Circle Line e um almoço de take away chinês em Central Park. St. Patrick's continua a fazer parte da tradição da minha Páscoa em Nova Iorque desde que troquei Londres por esta cidade. Este ano seguiu-se um brunch com amigos na West Village, no Café Cluny. O brunch de Domingo é um hábito tipicamente Nova Iorquino, mas este Domingo os sítios para brunch estavam particularmente cheios. Será pelo sol radioso que apesar do frio convidava a sair de casa, ou será que, apesar de tudo, ainda há muitos Nova Iorquinos que celebram a Páscoa? Talvez pelas duas razões, mas não deixou de ser um Domingo divinal, como só em Nova Iorque.
Nos Estados Unidos, com excepção do Natal, não há feriados religiosos. Foi mais uma daquelas datas em que não se sabe muito bem se havemos de desejar boa Páscoa ou apenas bom fim-de-semana. Acabei por desejar bom Domingo aos que sabia que não celebravam a Páscoa ou em relação aos quais não tinha a certeza de celebrarem ou não, só porque achei que não podia deixar a data em branco.
Por seu turno, notava-se que era época de feriados noutros países. O fim-de-semana prolongado e o dólar em saldo foram factores que certamente contribuíram para eleger Nova Iorque como o destino para umas míni férias. Havia multidões de estrangeiros a passear na 5.ª Avenida no Sábado, numa invasão às lojas e às outras atracções da cidade. Por momentos, pensei que estava de volta a Londres dadas as vezes que ouvi o sotaque britânico nas ruas. No meu caso, as amêndoas que recebo todos os anos de Portugal nesta altura chegaram com um dia de atraso, mas não deixou de ser Páscoa de acordo com a tradição. Na primeira vez que visitei Nova Iorque, há muitos anos atrás, era ainda estudante e vim com colegas. Já então éramos um grupo eclético e enquanto uns começaram o dia mais tarde, outros, como eu, levantaram-se muito cedo para irem à missa a St. Patrick's. Depois, seguiu-se um passeio de barco à volta de Manhattan na Circle Line e um almoço de take away chinês em Central Park. St. Patrick's continua a fazer parte da tradição da minha Páscoa em Nova Iorque desde que troquei Londres por esta cidade. Este ano seguiu-se um brunch com amigos na West Village, no Café Cluny. O brunch de Domingo é um hábito tipicamente Nova Iorquino, mas este Domingo os sítios para brunch estavam particularmente cheios. Será pelo sol radioso que apesar do frio convidava a sair de casa, ou será que, apesar de tudo, ainda há muitos Nova Iorquinos que celebram a Páscoa? Talvez pelas duas razões, mas não deixou de ser um Domingo divinal, como só em Nova Iorque.
[Publicado no Semanário Económico - 28 de Março, 2008]