- Femi Osofisan
Os mercados financeiros continuam em convulsão e ainda não se vê o fundo ao saco das perdas financeiras. Os efeitos em cascata que, eventualmente, resultarão desta última crise são ainda desconhecidos. Os preços do cabaz de compras de qualquer país não param de aumentar e as revistas e jornais estão repletos de artigos sobre como poupar ou sobreviver à recessão. Este é o contexto, qual é a solução?
Talvez seja caso de chamar os super-heróis. Seres deste e de outro mundo, com super poderes e a solução para quase tudo, os super-heróis surgiram precisamente no final dos anos trinta, nos anos entre a crise de 1929 e a segunda guerra mundial. Não é em vão que se traça o paralelo entre a presente crise e os eventos de 1929. Ironicamente, Ben Bernanke, o actual presidente do Fed, durante a sua carreira como economista, dedicou uma especial atenção à grande depressão. Mas enquanto a economia ainda não está salva, há que despertar a imaginação e fazer acreditar que tudo é possível.
Este é justamente o mote da nova exposição do Costume Institute patente no Metropolitan Museum of Art. Superheroes: Fashion and Fantasy, não é apenas uma exposição sobre moda, é uma exposição sobre metamorfosear a existência, desafiar as barreiras da imaginação, recriar a pele e desafiar os limites do convencional. Será esta a resposta da moda à crise económica? A moda, tal como o super-herói, proporciona um amplo espectro de possibilidades para reinvenção e transformação do eu. Depois, quando os heróis reais já não nos convencem, podemos sempre apelar ao mundo do fantástico. Para dar as boas vindas aos visitantes, um exemplar da Pop Art, o movimento que melhor se inspirou na banda desenhada -- o super-homem por Andy Warhol. O que se segue são interpretações do mundo paralelo criado pelos livros aos quadradinhos pelo mundo do grande ecrã e da moda. Desde o fato usado por Keanu Reeves no papel de super-homem ao usado por Michelle Pfeiffer como Mulher Gato, lado a lado com criações dos grandes estilistas, as escolhas são inúmeras.
No fundo, uma celebração dos valores americanos e da cidade de Nova Iorque. Os super-heróis não personificam apenas os símbolos, os valores e os ideais da sociedade americana e da supremacia do bem sobre o mal, tal como se encontram vertidos na Declaração da Independência ou na Constituição. O habitat natural do super-herói é Nova Iorque. Por exemplo, o Capitão América nasceu no Lower East Side, o Homem Aranha em Queens e os Vingadores operam em Nova Iorque, numa perfeita simbiose entre a vinheta e a cidade, ou não tivesse a indústria americana da banda desenhada nascido aqui.
Talvez seja caso de chamar os super-heróis. Seres deste e de outro mundo, com super poderes e a solução para quase tudo, os super-heróis surgiram precisamente no final dos anos trinta, nos anos entre a crise de 1929 e a segunda guerra mundial. Não é em vão que se traça o paralelo entre a presente crise e os eventos de 1929. Ironicamente, Ben Bernanke, o actual presidente do Fed, durante a sua carreira como economista, dedicou uma especial atenção à grande depressão. Mas enquanto a economia ainda não está salva, há que despertar a imaginação e fazer acreditar que tudo é possível.
Este é justamente o mote da nova exposição do Costume Institute patente no Metropolitan Museum of Art. Superheroes: Fashion and Fantasy, não é apenas uma exposição sobre moda, é uma exposição sobre metamorfosear a existência, desafiar as barreiras da imaginação, recriar a pele e desafiar os limites do convencional. Será esta a resposta da moda à crise económica? A moda, tal como o super-herói, proporciona um amplo espectro de possibilidades para reinvenção e transformação do eu. Depois, quando os heróis reais já não nos convencem, podemos sempre apelar ao mundo do fantástico. Para dar as boas vindas aos visitantes, um exemplar da Pop Art, o movimento que melhor se inspirou na banda desenhada -- o super-homem por Andy Warhol. O que se segue são interpretações do mundo paralelo criado pelos livros aos quadradinhos pelo mundo do grande ecrã e da moda. Desde o fato usado por Keanu Reeves no papel de super-homem ao usado por Michelle Pfeiffer como Mulher Gato, lado a lado com criações dos grandes estilistas, as escolhas são inúmeras.
No fundo, uma celebração dos valores americanos e da cidade de Nova Iorque. Os super-heróis não personificam apenas os símbolos, os valores e os ideais da sociedade americana e da supremacia do bem sobre o mal, tal como se encontram vertidos na Declaração da Independência ou na Constituição. O habitat natural do super-herói é Nova Iorque. Por exemplo, o Capitão América nasceu no Lower East Side, o Homem Aranha em Queens e os Vingadores operam em Nova Iorque, numa perfeita simbiose entre a vinheta e a cidade, ou não tivesse a indústria americana da banda desenhada nascido aqui.
Imagens: Superman, Andy Warhol (topo) e fotos da edição de Maio da Vogue U.S.
[Publicado no Semanário Económico - 23 de Maio, 2008]