
Um país em expansão precisa também de uma metrópole a condizer. São Paulo, enorme na sua magnitude de mais de 20 milhões de habitantes, é a maior cidade e o maior centro financeiro da América Latina. Uma cidade que pude finalmente explorar melhor numa recente viagem de negócios ao Brasil para falar numa conferência e para reuniões. A cidade é o epicentro da cena artística brasileira, onde diversas galerias e museus convergem para mostrar a arte que se faz e a que se colecciona no Brasil. O Museu de Arte de São Paulo na Avenida Paulista é um must, na sua forma de caixa suspensa, num desafio aos conceitos de estética tradicionais e às leis da gravidade. Outro oásis de arte e, também, de vegetação, é o parque Ibirapuera onde se encontra o Museu de Arte Moderna, actualmente com uma exposição temporária intitulada Quando vidas se tornam forma: diálogo com o futuro – Brasil / Japão, parte das comemorações dos 100 anos de imigração japonesa no Brasil.
E que mais se pode fazer em São Paulo? Tudo. Uma cidade de excelentes restaurantes, com influências dos quatro cantos do mundo, cuja cozinha é complementada com a arte de bem receber, como só no Brasil. Um banho de compras na Meca do luxo, ou a Daslu, uma mansão maior do que o Bergdorf Goodman Nova Iorquino, onde se vende de tudo, desde roupa a Iates. O bairro dos Jardins, para as grandes marcas internacionais e para os estilistas locais, com lojas como a Galeria Melissa, uma sapataria com a entrada coberta com painéis de arte que mudam a cada três meses; a Rosa Chá, para fatos de banho e afins, pois há verdadeiros achados que não são exportados; ou ainda o Clube Chocolate, para uma mistura entre o produto local e o importado.
Que mais? O brasileiro adora futebol, mesmo que seja a "copa" europeia. Não se fala de outra coisa, afinal, sempre há Portugal para apoiar.
[Publicado no Semanário Económico - 20 de Junho, 2008]
Fotografias: Museu de Arte de São Paulo (canto superior esquerdo) e Galeria Melissa (em cima).